"Tenho aprendido com o tempo que a felicidade vibra na frequência das coisas mais simples. Que o que amacia a vida, acende o riso, convida a alma pra brincar, são essas imensas coisas pequeninas bordadas com fios de luz no tecido áspero do cotidiano."
"Esse jeito esquisito que Jesus tinha de preferir os piores me faz pensar na beleza dos avessos, às vezes a gente, na pressa de encontrar, não vê. Quantas vezes na minha vida eu desprezei as pessoas porque eu considerei o agora? É tão doído, né? A gente ser visto somente a partir do presente. Quando as pessoas olham pra gente e só enxergam aquilo que a gente tem no momento. Isso é fascinante em Jesus. Por isso Ele era capaz de preferir quem Ele preferia. Porque Jesus não era um homem que se prendia no presente… Eu acredito - e acho interessante isso - que os amantes nunca esgotam as criaturas amadas. Porque o amor sobrevive de futuro, né? Ele consegue enxergar o que a gente ainda não viu… A pessoa que ama consegue enxergar o que o outro ainda não é. Vê o avesso. Vê o contrário da situação.É tão bonito a gente pensar que a beleza do tecido tem um sustento, uma trama que está por trás de tudo isso. Compreender as pessoas, amá-las, só é possível a partir do momento que a gente entra na trama do avesso. Quando a gente não enxerga somente aquilo que os olhos podem revelar, podem conhecer, mas sobretudo aquilo que ainda está oculto. Deus nos ama assim. Porque consegue enxergar o que a gente ainda não é, mas o que a gente ainda pode ser.”
Pe. Fábio de Melo
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